A evolução do time nesta Série B a partir da chegada do técnico Thiago Carpini não é fruto do acaso. E a melhor notícia que o torcedor do Juventude poderia receber após um doloroso empate sem gols com a Chapecoense veio com a sequência do treinador no Alfredo Jaconi, agora com contrato até o final de 2024.
O mais interessante de todo esse cenário, com o assédio de outros clubes e a busca da direção por renovar o vínculo, é justamente a postura de Carpini. Com os pés no chão, ciente da sua capacidade e, principalmente, da visibilidade que passou a ter nestes últimos meses, o treinador não se deslumbrou com o olhar de gigantes do futebol brasileiro. Ele sabe que é muito melhor pavimentar um caminho e buscar tempo de trabalho em uma grande equipe do que chegar para apagar um incêndio.
No Juventude, ele conseguiu o que parecia improvável. Transformou o vice-lanterna em candidato ao acesso em pouco tempo. Mudou a figura do time e do ambiente no Alfredo Jaconi. Alguns podem até contestar a campanha dentro de casa ou alguma escolha do técnico, mas é inegável que a equipe alviverde, dentro da sua realidade, tem carências e um elenco, no papel, inferior a vários times da Segunda Divisão.
Só que, dentro de campo e no vestiário, criou-se uma sinergia que fortaleceu o Juventude a ponto de o tornar candidato ao retorno à Série A em 2024. Ainda são 12 rodadas pela frente e, mesmo que o acesso não venha, a direção alviverde tem mais um grande acerto ao confiar na sequência do trabalho. Thiago Carpini até poderia ser tratado como aposta quando chegou, mas hoje é, certamente, um dos nomes mais promissores entre os técnicos brasileiros.