Ano após ano a história se repete. O Caxias vivencia situações muito particulares a cada Série D. Algumas que surgem a partir de fatores externos. Outras por escolhas internas que geram uma turbulência gigante no ambiente.
Dessa vez, a saída de Luan Carlos após cinco rodadas é o fato novo. E aí não condeno o treinador, que acabou recebendo uma proposta superior, algo natural em qualquer atividade profissional. Nesse episódio, o que incomodou foram algumas falas do técnico, especialmente quando cita a torcida ao clube e a certeza do acesso.
Luan estava descontente com os caminhos do futebol grená. Uma consequência gerada pela própria espera pela sua chegada. O Caxias apostou nele e demorou para contratar. Perdeu para outros times peças que poderiam ser muito importantes para o elenco. E as carências ficaram evidentes nas primeiras rodadas.
Além disso, no conjunto da obra, ao fazer essa aposta em um jovem treinador, em uma mudança completa de perfil em relação ao Gauchão, a direção do Caxias corria um risco. Se desse certo, seria um grande feito e celebrado pela torcida. Se algo fugisse do controle, a pressão seria muito maior.
A troca de comando certamente vai gerar um impacto no time. Jogadores indicados por Luan ficaram. Outros ainda não estão dando a resposta esperada. O certo é que o novo comandante terá muito trabalho para mudar o cenário atual.