A Seleção Brasileira conhecerá nesta sexta-feira (1º) os seus adversários na primeira fase e o caminho que poderá trilhar na Copa do Mundo do Catar. E, assim como ocorreu na Rússia, em 2018, o time de Tite chegará como um dos postulantes ao título. Mas, mesmo assim, as críticas ao trabalho do treinador continuam. É só olhar as redes sociais que os discursos de ódio se propagam. A partir daí, tentei entender melhor e cheguei a uma conclusão.
Tite errou feio. Afinal, porque o treinador foi querer passar de forma tão tranquila pelas Eliminatórias. Cadê aqueles jogos difíceis com o Uruguai? Não era melhor quando o Brasil vencia a Venezuela sofrido por 1 a 0? A Seleção de 2002, a do penta do Felipão, tinha mais craques e não conseguia render. Ganhou a Copa, mas passou um sufoco gigante para se classificar.
Outro erro sempre citado é valorizar demais o futebol daqui. Dizem que as Eliminatórias Sul-Americanas não podem ser parâmetro. Afinal, as principais forças estão na Europa. Em partes, concordo. Mas com a impossibilidade de duelar com rivais como Alemanha, Holanda ou Bélgica, qual a missão? Vencer os mais fracos. Além disso, nem mesmo as classificatórias de lá são grandes balizadores. Alguns grupos são com seleções fraquíssimas. Na grande maioria, a disputa se restringe a dois ou três países.
Além disso, se fosse tão simples assim, teria a campeã europeia Itália caído para a Macedônia do Norte e sido obrigada a ver o Mundial de casa? Na primeira fase, ela ficou atrás da Suíça em seu grupo. Era uma das forças cotadas para ser campeã mundial...
É lógico que tudo escrito até aqui tem doses fortes de ironia. Mais do que montar um time, Tite conseguiu nesses últimos anos formar um elenco capaz de oferecer uma gama de alternativas. Rejuvenesceu o grupo e deu chance a jovens como Raphinha, Bruno Guimarães, Renan Lodi, Antony e Vini Jr., que poderão ser fundamentais no processo. Se será campeão? É impossível saber.
Em um torneio curto e com duelos eliminatórios, muitos detalhes poderão influenciar. Em 2018, diante da Bélgica, mesmo com uma boa atuação, a virada ou empate não vieram naquela segunda etapa e tudo virou fracasso.
Agora, "errando" nas Eliminatórias mais um vez, o Brasil de Tite parece ainda mais encorpado.