Nas oportunidades em que enfrentou o Juventude ou o próprio Caxias quando era treinador do Brasil-Pel, Rogério Zimmermann se especializou em colocar em prática uma tática quase infalível. Seja no Alfredo Jaconi ou no Centenário, o Xavante marcava muito, competia e que basicamente queria aproveitar-se dos erros do adversário para chegar ao resultado. Era aquele rival chato, que alguns até consideravam retranqueiro ou que "jogava por uma bola". Na verdade, era eficiente. Seja nas bolas paradas ou nos contra-ataques.
No seu primeiro Ca-Ju como comandante grená, o cenário não deve ser muito diferente. Em uma posição mais confortável na tabela, mas ainda fora do G-4, o Caxias tem menos responsabilidades do que o Juventude no confronto. Afinal, é só olhar para os fatores que envolvem o duelo: a pressão da tabela é a mais evidente.
Na zona de rebaixamento, o Ju só pode pensar em vencer. O time ainda não engrenou, segue com técnico interino e vive a realidade de ser uma equipe de Série A de Brasileiro que faz uma campanha pífia no Estadual.
O Caxias, obviamente, tem ambições, que passam por um bom resultado no clássico. E isso não se resume às semifinais, mas na garantia de vaga para as competições nacionais na próxima temporada. E para chegar aos três pontos, um dos caminhos deve ser justamente utilizar a pressão no rival a seu favor. O clássico terá características diferentes dos demais jogos disputados pelo Grená fora de casa, mas a competitividade demonstrada pela equipe de Zimmermann é um dos fatores que pode fazer a diferença.