Os torcedores mais jovens, aqueles que não tiveram a oportunidade de acompanhar o Juventude na elite nos anos 1990 e 2000, vivenciaram na noite desta quarta-feira (17) um momento simbólico. Ou, pelo menos, devem ter ouvido do pai, do amigo ou do avô: "era assim que o Ju fazia para se manter entre os grandes".
Empurrado pela torcida jaconera, que fez uma linda festa, o time de Jair Ventura correspondeu dentro de campo. Brigou por cada bola, mostrou uma marcação firme e foi eficiente. Nos dois lados do campo. Nem mesmo os desfalques de Michel Macedo e Sorriso pesaram para o desempenho da equipe.
Diante de um Fluminense veloz e vertical, o Juventude encontrou seu gol em uma jogada de bola parada, ensaiada e executada de forma precisa. Assim como acontecia naqueles 13 anos de elite, se o jogo está mais complicado, sem tanto espaço para a criação, a saída é ser forte pelo alto. É a tão citada imposição.
E ela foi ainda mais evidente na segunda etapa. O ex-volante do Ju e agora técnico do Fluminense, Marcão, colocou o time para o ataque e colocou em campo jogadores de qualidade. Não surtiu efeito. Firme na bola aérea e perigoso nos contra-ataques, o Juventude só não fez o segundo por um detalhe.
Mas nem precisou. Os minutos finais, mesmo com o desgaste físico, foram de superação. De um Jaconi pulsante, iluminado pelas lanternas dos celulares e que conduziu o time para fora do Z-4.
Veio a terceira vitória seguida, com muitos méritos para Jair Ventura e seus comandados. O desafio ainda segue, mas o Ju respira fora da zona de rebaixamento. Faltam seis batalhas e a equipe alviverde mostrou, de novo, que tem força (aquela mesmo dos 13 anos da Série A) para seguir entre os grandes.