O árbitro de vídeo é um acréscimo fundamental para o futebol. Especialmente para evitar injustiças gigantescas, como ocorreram no jogo entre Esportivo x Juventude, na primeira fase do Gauchão.
Ampliando para lances ainda mais emblemáticos, teve o gol de mão de Maradona, em 1986, e a definição do Brasileiro de 1995, com um gol ilegal de Túlio para o Botafogo, contra o Santos, em claro impedimento.
Por outro lado, o VAR não resolverá todos os problemas. E isso ocorrer por um simples detalhe: a interpretação. O lance do pênalti em Ferreira, no domingo, é um exemplo claro. Fosse em outro local do gramado e dificilmente a arbitragem iria paralisar a partida. Seguiria o jogo e nada seria marcado, sequer a falta.
No Centenário, Vinícius Amaral mandou o jogo seguir. Após o chamado, motivado pela interpretação do árbitro que acompanhava as imagens, marcar o pênalti pareceu o mais coerente.
De toda forma, compartilho da visão de alguns colegas, como o especialista em arbitragem da RBS, Diori Vasconcelos. Eu não marcaria a infração porque o contato entre Matheuzinho e Ferreira foi um lance de jogo. O atacante grená não visa impedir a subida do jogador gremista. Ambos olham para cima, onde está a bola. Há o choque, mas ele é casual.
O árbitro Vinicius Amaral interpretou de forma diferente. E o resultado da partida foi definido neste lance, mesmo com o VAR.
Vale também destacar que na mesma partida, o VAR acerta ao anular o gol do Caxias. Além disso, no jogo entre Juventude x Inter, o árbitro de vídeo evitou um erro claro de Douglas da Silva, que havia marcado pênalti de Marcelo Carné em Palácios.