Segue firme e forte a programação do 49º Festival Internacional de Folclore de Nova Petrópolis. As atividades prosseguem até o dia 31 de julho. Em meio a programação, destaque para as oficinas Mãos da Diversidade e Panelas da Diversidade, que possibilitam a troca de experiências, aproximando o público dos folcloristas, demonstrando a cultura, o artesanato, os aromas e sabores de cada povo. Os encontros são abertos ao público e têm entrada franca, basta estar às 15h no Espaço Mais Cultura Professor Renato Urbano Seibt (Rua Rui Barbosa, 1.073).
O grupo Trupe Teatro de Bonecos de Alagoas conduziu a oficina Mãos da Diversidade, na última segunda-feira (18). Na ocasião, a mestra artesã Vânia Oliveira e o mestre José Dário Salgueiro Couto (foto acima), mais conhecido como Mestre Sururu, ensinaram os alunos do 4º ano do Colégio Estadual Padre Werner e as princesas do Folclore Alemão, Tainara Blauth e Thaís Paetzinger, a fazer o boi guerreiro da festa do folclore popular brasileiro, “Bumba Meu Boi”, e boneco de mamulengo, cujo batismo ficou a cargo de cada aluno. O trabalho artesanal privilegiou o uso de materiais reaproveitados, como papelão, restos de tecido, garrafa pet, papel machê e outros.
— Quanto menos perfeito, mais artesanal é — disse o Mestre Sururu, ao incentivar os alunos durante a oficina.
— Escrevo, atuo, monto o boneco, trabalho em todas as vertentes do mamulengo, que é a forma popular e tradicional do teatro de bonecos no Brasil — complementou, ao ensinar um pouco da sua arte.
Reconhecida por seu trabalho de mais de 40 anos, Vânia de Oliveira pertence à Galeria dos Imortais da Cultura Brasileira. Em 2020, recebeu o título de Mestre Imortal do Brasil. O mérito foi dado pela primeira vez no país pela Organização Internacional de Folclore e Artes Populares (IOV World) – filiada à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) – pelo trabalho desempenhado por Vânia ao longo dos anos.
— Além de artesã, sou pedagoga. Estar em uma sala ensinando arte é estar em casa —disse Vânia.
Folclore se aprende também com gastronomia
Na terça-feira (19), o Grupo Parafolclórico Vaiangá, do Pará, apresentou o sabor do vatapá paraense na oficina Panelas da Diversidade. Maria Luiza Ribeiro e Sílvia Santos ensinaram a receita que leva farinha de trigo, camarão, óleo de dendê, leite de coco, creme de leite, cebola, coentro, salsinha, cebolinha, sal e arroz para acompanhar.
— Tivemos que adaptar a receita, pois usamos o camarão salgado, o que deixa o sabor mais apurado, e aqui utilizamos o camarão rosa. E, lá no Pará, também servimos com o jambu, hortaliça indispensável na mesa do paraense — explicou Maria Luiza.
As soberanas do Folclore Alemão e anfitriãs do 49º Festival Internacional de Folclore, rainha Mariana Marcon, 1ª princesa Tainara Blauth e 2ª princesa Thaís Paetzinger; a secretária municipal de Educação, Cultura e Desporto, Gislaine Marchioro Leal, e os grupos folclóricos do Pará, da Argentina e do Paraguai participaram da oficina que trouxe o prato típico da culinária paraense.
Participe das próximas oficinas Mãos e Panelas da Diversidade:
Quinta-feira (21), às 15h - Panelas da Diversidade com o Ballet Ucraniano Roksolana, da Argentina. E receita Varenike, prato típico da Rússia, massa caseira recheada com batata. Local: Espaço Mais Cultura Profº Renato Urbano Seibt.
Sexta-feira (22), às 15h - Mãos da Diversidade com o tradicionalista gaúcho, Gaudêncio Terra. Oficina: Chimarrão, bebida típica do Rio Grande do Sul. Local: Espaço Mais Cultura Profº Renato Urbano Seibt.