“Observar acontecimentos e retribuir com um objeto”. Esse pode ser o resumo do bate-papo com o artista plástico Armarinhos Teixeira, que, na última semana, passou uns dias por Caxias. Mas a sentença não sintetiza sua obra, que é marcada pela convicção em ampliar horizontes.
A frase acima foi proferida no sábado pela manhã, no auditório do Colavoro Sanvitto, quando ele abordava sua vida e obra, pontuando os momentos que definiram sua imersão pela bioarte. Ele explicou que estuda a morfologia das coisas desde meados dos anos 1990. A morfologia a que Armarinhos se refere está “entre a cidade, a mata e as áreas áridas”.
Ainda no sábado, quem foi ao bate-papo pode contemplar duas de suas obras, em que ele usa materiais como manta de poliéster, usado geralmente na indústria têxtil (foto acima). Mas que, em suas mãos, se transforma em uma escultura, com aspectos de um organismo vivo, mesmo que desconstruída em termos figurativos.
A vinda de Armarinhos para Caxias encabeçou uma espécie de comitiva que visa ampliar horizontes quando se trata de levar a arte contemporânea mais perto das pessoas. Na esteira disso, ainda na sexta, ocorreu um encontro da Associação dos Amigos do Museu de Arte Contemporânea do RS, na Casa Magnabosco.
A intenção do evento foi promover ações para fomentar a construção do novo prédio do Museu de Arte Contemporânea, a ser erguido no 4º Distrito, em Porto Alegre e também motivar as pessoas para que se engajem nesse projeto consumindo obras de artistas contemporâneos.