Você já deve ter ouvido falar de táxis chineses sem motorista. Não, não é fake news. Eles existem e são produzidos pela empresa Baidu — versão do Google, plataforma bloqueada no país. Conheci a empresa em Shanghai, no final de junho, e o Apollo, veículo autônomo.
O carro tem um assistente virtual que permite a interação homem-máquina para conectar o usuário a serviços como miniaplicativos e opções multimídia — escolha de música, por exemplo. O Apollo dirige sozinho, estaciona de forma autônoma, faz fila para seguir os carros, encontra espaço para estacionar e é capaz de fazer baliza em 35 segundos.
Chamado também de robotáxi, é usado para transporte de passageiros em cidades como Pequim, Shanghai, Wuhan, Chongqing, Guangzhou, Shenzhen, Yangquan, Wuzhen e Suzhou.
A Baidu estima cerca de 1 mil carros em circulação atualmente na China. O veículo de quinta geração custa 480 mil CNY e o de sexta geração, 204,8 mil CNY (moeda chinesa) – 1 CNY está valendo nesta quinta-feira R$ 0,74.
A empresa tem também outros veículos, como o Apolong, desenvolvido em colaboração com a Xiamen Golden Dragon. É um micro-ônibus elétrico sem volante, acelerador ou pedal de freio. Tem alcance máximo de cerca de 120 quilômetros e pode transportar 14 pessoas ao mesmo tempo.
Não há plano de vendas para o Brasil, mas a Baidu se diz aberta a oportunidades de cooperação, principalmente com empresas automotivas.