Em um momento em que os efeitos das mudanças climáticas são sentidos com tanta intensidade, com fortes chuvas no Sul e calor excessivo no resto do país, o bom exemplo da Feira Brasileira de Grafeno da Universidade de Caxias do Sul vem para reforçar que é possível — e necessário e urgente — adotar medidas de preservação ambiental.
Iniciativas tomadas durante os dois dias de evento, na semana passada, fizeram com que 102,54 quilos de gás carbônico (CO2) deixassem de ser emitidos. Para alcançar o resultado, duas ações foram realizadas. Uma delas foi pactuar com os expositores a não distribuição de brindes descartáveis como folhetos e sacolas. A orientação foi optar por informações digitais. A segunda foi a conexão com a startup meuResíduo para monitoramento de dados.
A rastreabilidade possibilitou, por exemplo, identificar 20 gramas de resíduos produzidos por visitante — foram 9,5 mil, no total, durante os dias 13 e 14. A geração será compensada durante os próximos eventos institucionais.
— Não é porque hoje se fala em mudança climática. A UCS já faz isso há muito tempo, desde 1991, com a preocupação com geração de papel. Há mais de 30 anos a gente vem falando de medidas que precisavam ser tomadas lá atrás — destaca Neide Pessin, pró-reitora de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico da UCS e coordenadora do comitê estratégico de ESG (governança ambiental, social e corporativa) na instituição, acrescentando que medidas ambientais hoje são estratégias de negócio.
Para a terceira edição da Feira de Grafeno, confirmada para os dias 27, 28 e 29 de novembro de 2024, a ideia é repetir a iniciativa.