Natural do Rio de Janeiro, o chef de cozinha Alexander Szigethy Antunes, festejado na praça como Alex Szigethy, 42 anos, filho de Laura Alice Szigetty (in memoriam) e Carlos José Antunes, tempera os dias pilotando forno e fogão. Marido de Cristiana Rech e pai de Gabriel, 4 anos, teve sua primeira experiência com a cozinha internacional no período em que vivia na mineira Juiz de Fora. Lá, formou-se cozinheiro no Senac Grogotó, em Barbacena. Depois do curso concluído, Alex descobriu, em 2007, a Escola Internacional de Cozinha Italiana da UCS/ ICIF, em Flores da Cunha.
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Estabelecido na Serra gaúcha, o cozinheiro graduou-se na ICIF e viajou pelo Brasil e pelo mundo atuando nas cozinhas de restaurantes estrelados em lugares como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espanha. A paixão pelo fazer gastronômico e pela nouvelle cuisine também o levou à Índia, onde aprofundou conhecimentos com ingredientes exóticos e outras especiarias, com uma diferença de dez anos entre uma morada e outra.
O Le Coq Bistrô, que inaugurou em dezembro de 2018, é o quarto restaurante que ele deu origem em Caxias do Sul. Antes, foi o linha de frente do Alambique, do Jazz Gastropub e do Bistrô São Lourenzo. Em férias com a família até o dia 15, Alex conversou com a coluna.
João Pulita: O Brasil na gastronomia é...
Alex Szigethy: Como o nosso povo. Diversidade na cores, aromas, sabores e muito ainda a ser descoberto.
Qual sua receita autoral mais famosa?
Camarão crocante na geleia de pimenta.
O que te inspira?
Viajar, ler e comer.
Quem são os mestres na sua área?
Entre os brasileiros admiro muito o trabalho dos chefs Leo Paixão e Roberta Sudbrack. Na gastronomia internacional, reverencio Alain Passard, Anne-Sophie Pic (a primeira chef que conquistou três estrelas no criterioso Guia Michelin) e os ícones já falecidos, Alain Chapel e seu mestre Fernand Point.
Cozinhar é uma ciência?
Segue o mesmo princípio, buscamos conhecimento baseado em métodos para obter o resultado desejado. Também costumamos dizer na gastronomia, que devemos estudar como um cientista e trabalhar como um operário.
Ingrediente favorito...
O da estação, no seu melhor momento.
Um tempero de família.
Coentro.
Seu prato predileto...
A mais tradicional comida brasileira: a feijoada.
O que é harmônico no sabor?
O equilíbrio e percepção na escolha dos ingredientes que se completam como o tomate e o manjericão, por exemplo.
O que é antagônico no sabor?
O equívoco na mistura de ingredientes que se repelem, como o queijo e o peixe.
Sabor é relativo?
Gosto sim, sabor não.
A comida do futuro será?
A mesma do passado. A comida vai estar sempre ligada às memórias mais afetivas. Esta é a nossa referência.
Natureza ou cidade?
Natureza. Nossa paixão está na origem.
O que significa ser um chef estrelado?
Penso que é uma consagração, um mérito.
Você tem fome de quê?
Conhecimento dentro da minha área, e essa fome só aumenta.
Qual sua receita de sucesso?
Continuo na busca (risos).