Aprecio muito uma frase do filósofo Espinosa: “Ninguém descobre por nós as nossas alegrias.” Ela traduz um sentimento de independência nas escolhas que fazemos, podendo ser o projeto de toda uma vida. Afinal, como ignorar as inúmeras vezes em que delegamos a terceiros decisões cruciais? A experiência individual, boa ou ruim, nos mantém de olhos abertos. Com o impacto ainda presente no corpo, dizemos sim, não. Entregamo-nos, resistimos. Temos a obrigação de ser roteiristas unicamente de nossa história, dirigindo as cenas conforme nosso talento ou mesmo a falta dele. Será apenas pela vivência, tendo na memória o contentamento e a dor, que seremos capazes de fazer uma triagem, certos de termos optado adequadamente. Para tanto, evite ser atraído pela ideia de precisar de um manual, regras ditadas por desconhecidos com o propósito de ajudá-lo nas decisões. Obedeça mais à intuição, como uma espécie de DNA adicional que cada um carrega dentro de si.
Opinião
Gilmar Marcílio: pessoal e intransferível
A experiência individual, boa ou ruim, nos mantém de olhos abertos
Gilmar Marcílio
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