Descobri uma prática que minimiza meu sofrimento quando leio algo triste, que me deixa incomodado. Passei a colecionar alguns exemplares de revistas e jornais. Deixo-os envelhecendo e os esqueço por alguns meses. Então, vou até esse depósito onde guardo relatos que pareciam sumamente relevantes e... voilá! O que era uma questão de vida e morte passou a ser mera nota de rodapé. E assim é com quase tudo que nos ocupa horas tão preciosas. Tenho tentado, sobretudo, fugir de qualquer discussão que envolva política. É um campo muito suscetível e grandes amizades podem acabar por discrepâncias ideológicas. Vale a pena? Absolutamente não. Ao folhar algum periódico, sobretudo os de anos anteriores, vou percebendo que é inútil entrar num campo de batalha que logo, logo, será tomado por outros adversários. A briga é exclusivamente de quem a promove e responder às provocações apaixonadamente é o caminho mais curto para escantear a razão.
Opinião
Gilmar Marcílio: notícias velhas
Prefiro a poesia, que é totalmente imune à passagem dos anos
Gilmar Marcílio
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