Para o budismo, não existe nada mais enganoso do que acreditar na existência real do Eu. Nos dizem que somos a soma do nosso tempo e da geografia em que estamos inseridos. Se essas condições desaparecem, igualmente desaparece tudo aquilo com que nos identificamos. Para ser mais preciso: se eu tivesse nascido no Nepal ou na Turquia, absolutamente tudo seria diferente. Então, esse centro que acreditamos imóvel e imutável é produto das circunstâncias, apenas. Com essa afirmação, não nos dizem que a alma é uma ilusão, um derivado do nosso desejo de imortalidade. Apenas que somos constantemente afetados por tudo o que vemos, fazemos e sentimos. E o resultado disso se chama Maria, Carlos, Gilmar, Cecília.
Opinião
Gilmar Marcílio: sou o que vi
"Somos constantemente afetados por tudo o que vemos, fazemos ou sentimos."
Gilmar Marcílio
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