A história desfilou na frente de brasileiros e brasileiras neste domingo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu a rampa do Palácio do Planalto. O relógio marcava 16h54min deste domingo, 1º de janeiro de 2023.
Toda a tensão estabelecida no pós-eleições, com manifestantes trancando rodovias ou à frente de quartéis reivindicando intervenção militar para a reversão do resultado das urnas, era sintetizada nessa imagem emblemática. Lula não sobe a rampa, era o que se dizia. Subiu, acompanhado da representação popular de segmentos da população brasileira, inclusive a cachorrinha Resistência, que perambulava pelo acampamento de apoiadores do então ex-presidente quando cumpria pena na Polícia Federal em Curitiba e foi adotada pelos acampados, entre eles Janja, hoje a primeira-dama Rosângela da Silva.
Lula destacou em seu discurso de posse, no plenário da Câmara dos Deputados, minutos antes, que seu retorno à Presidência atesta uma vitória da democracia:
– Se estamos aqui hoje é graças à consciência política da sociedade brasileira e à frente democrática que formamos ao longo dessa histórica campanha eleitoral. Foi a democracia a grande vitoriosa nesta eleição.
Logo depois, emendou uma mensagem emblemática:
– Sob o vento da redemocratização, dizíamos “ditadura nunca mais”. Hoje, depois do terrível desafio que superamos, devemos dizer “democracia para sempre”.
E ainda fez outra tradução:
– Cidadania é outro nome da nossa querida democracia.
Para fechar o capítulo da posse no Congresso, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em seu discurso que encerrou a sessão, sintetizou:
– A democracia brasileira foi testada e saiu-se vitoriosa.