Uma delegação do Novo, integrada pelo deputado estadual Marcel van Hattem e pelo pré-candidato à Presidência, Felipe d’Avila, visitou a Festa da Uva nesta sexta-feira. Na foto, van Hattem (E) e Felipe (camisa azul) conversam com o presidente da Comissão Comunitária, Fernando Bertotto. Neste sábado, ele participa de encontro estadual do partido em Porto Alegre.
A coluna apresentou algumas questões a d’Avila. Confira:
O Novo se posta como a terceira via, mas há outros partidos que reivindicam essa posição.
Acredito que o número de candidatos da terceira via, que se opõem a Lula e a Bolsonaro, vai cair nos próximos meses. Não vejo tantos nomes chegando às urnas, ainda mais num contexto tão polarizado. Lula sabe que o melhor adversário para sua candidatura é Bolsonaro, e vice-versa. Então, o cenário nas pontas só vai mudar quando algum candidato puder quebrar essa radicalização e apresentar soluções para os problemas que o brasileiro realmente enfrenta: aumento da pobreza, desemprego, inflação.
Estaria disposto a retirar a candidatura caso pesquisas apontem uma terceira via com maior apelo eleitoral ou mesmo um projeto que agrade o partido?
A terceira via só será realmente uma alternativa se for construída em cima de propostas. Por isso tenho defendido que os pré-candidatos que se colocam como alternativa façam rodadas de debate nos próximos meses. Por que não debater propostas para o meio-ambiente em Manaus? Ou para o agronegócio em Uberlândia? Somente se houver propostas concretas, baseadas nos valores que eu e o Partido Novo defendemos, podemos, sim, discutir alianças.
Recentemente, o senhor comentou que votaria nulo numa hipotética disputa entre Bolsonaro e Lula no segundo turno. Alguns alegam que o Novo é um partido mais próximo do bolsonarismo.
O Novo é um partido que vota nos projetos que são bons para o Brasil, não importa quem está no governo. Veja os casos do novo Marco do Saneamento e da nova lei das Ferrovias: projetos que o Novo votou junto com o governo porque eram positivos e necessários. Já na PEC dos Precatórios, votamos contra o governo, porque era uma péssima medida para o Brasil. É a postura correta. O país precisa de menos partidarismo e de mais soluções. Sobre o atual governo, penso que foi um caso grave de estelionato eleitoral. Bolsonaro foi eleito prometendo uma agenda de reformas importantes que nunca saíram do papel. E não adianta culpar o Congresso ou o STF. Essa falta de liderança, aliada a uma gestão desastrosa da pandemia, estão custando muito caro para os brasileiros, que devem responder na urna.