A Secretaria de Trânsito, Transporte e Mobilidade de Caxias do Sul divulgou esta semana uma espécie de retrospectiva das ações da pasta em 2019. Destaca a redução de acidentes, a retomada das obras dos corredores de ônibus do SIM, o Sistema Integrado de Mobilidade, agora nas ruas Marechal Floriano e Bento Gonçalves, e a execução de 1,5 mil rampas de acessibilidade em esquinas da cidade — 1,4 mil já finalizadas. Parte delas precisou ser refeita devido a uma falha na orientação dos elementos táteis. A secretaria também mencionou a instalação de mais de 60 equipamentos de semáforos, 42 mil metros de área viária demarcada, com utilização de mais de 3,4 mil litros de tinta e mais de 2 mil placas de sinalização viária.
Nesta sexta-feira (4), na Praça Dante, estava em execução a implantação de piso tátil. O que falta engrenar, e é uma dívida histórica com os pedestres, são as faixas de segurança, reivindicação histórica da Família Pedrosa, a Família Pedestre, a família ficcional criada pela coluna para defender o respeito aos pedestres e pessoas com necessidades especiais. Há um bom tempo, elas seguem sem a conservação que se exige.
Conservar faixas de segurança, cuidar delas e fazê-las ser respeitadas pode elevar uma cidade à condição de referência até nacional. Uma cidade onde se respeita pedestres — os pedestres também devem respeitar as regras. É só essa cidade fazer a opção. Mas não só por isso: é segurança no trânsito e respeito a pedestres e cadeirantes.
Que no novo governo as faixas de segurança não sejam — outra vez — esquecidas.
Os acidentes
De janeiro a novembro: 3.386 em 2020 e 5.061 em 2019 (Fonte: Secretaria de Trânsito, Transporte e Mobilidade)