A Visate distribuiu cópias de correspondências enviadas à Câmara por pelo menos três entidades caxienses representativas, em apoio ao projeto do vereador Ricardo Daneluz (PDT), que propõe a extinção do passe-livre em um domingo por mês no transporte coletivo. Assinam as correspondências ao presidente do Legislativo, Flavio Cassina, o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Caxias do Sul, a Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC) e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).
As três entidades são unânimes em relacionar como argumento a questão da segurança. Sindicato e CIC mencionam expressamente a atuação dos chamados "bondes em dias de passe-livre. Confira na sequência, justificativas específicas de cada uma das entidades.
"Verdadeiro transtorno ao exercício laboral dos trabalhadores rodoviários e incômodo aos passageiros regulares." Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários.
"É sabido que quem arca com a conta do passe-livre são as empresas, por meio do fornecimento do vale-transporte, e os usuários que de fato pagam a tarifa do transporte urbano." CIC Caxias do Sul
"A gratuidade não fomenta as vendas no comércio caxiense. O passe-livre não caracteriza-se como fator representativo ao auxílio do crescimento do comércio local e da geração de emprego." CDL
Benefícios são maiores
A importância do passe-livre se dá para o lazer, o deslocamento e a qualidade de vida para a população de baixa renda. São dimensões importantes da vivência em comunidade. É uma conquista.
Não é adequado, para discutir o tema, tomar como referência os maus exemplos, que sempre haverá, mas sim os benefícios, que são muito maiores.
Bonde é assunto para a segurança pública. Não existe almoço grátis. Alguém paga o passe-livre. Mas esse custo é rateado. E há situações em que o almoço grátis se justifica.
Fica para o último ano?
A gratuidade é só um dos tópicos que envolvem o transporte coletivo e que devem passar por ampla discussão. Só para lembrar, a renovação do contrato de concessão do transporte coletivo é em 20120. No ano que vem. Bate à porta, portanto.
Esse debate já deveria estar na pauta da cidade. Não é o que se vê.
Vai ficar para a última hora, como o Plano Diretor?
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