Provavelmente não haja outra esquina em Caxias do Sul com tantos fios pendentes sobre as cabeças e a frente dos pedestres do que a da Moreira César com Euzébio Beltrão de Queiroz, no bairro Pio X.
A situação beira o inacreditável e já está assim há meses, pelo menos há meio ano. Este é um de nossos problemas de estimação, pois a situação é corriqueira, se dá por toda a cidade e não há jeito de ser resolvida. Resta aos moradores conviver com o problema. Pior é que há lei municipal para disciplinar o assunto, de autoria do ex-vereador Adelino Teles (PMDB), a chamada Lei dos Fios. A legislação responsabiliza as empresas concessionárias de energia elétrica, de telecomunicações e tevê a cabo, que são usuárias dos postes em via pública.
Essas operadoras devem substituir ou reparar, em um prazo de 48 horas, a fiação danificada. Em caso de não procederem ao reparo, está prevista multa do município.
Aliás, a esquina do Pio X evidencia outro problema: o terrível cenário de poluição visual provocado pela fiação aérea descontrolada.
Fiscalizar é um dever
Acontece que nem sempre é fácil para um morador identificar de que operadora é o fio caído. A RGE, que administra os postes, deve ser avisada, e entra em contato com a operadora titular do fio solto. Mas a cobrança e a fiscalização não precisam partir do morador.
Há casos crônicos, quase históricos, como na esquina das fotos, em que o poder público deve moralizar a fiscalização e acionar imediatamente a operadora para conserto. E aplicar multa, se for necessário. Os casos da esquina da Moreira César com Euzébio Beltrão de Queiroz são uma vergonha.