Ao encerrar-se o mês de março, são cada vez mais insistentes os rumores de bastidor que se referem a sinais de que o prefeito Alceu Barbosa Velho (PDT) não concorreria à reeleição. Tais sinais estariam relacionados a uma suposta impaciência de Alceu com as exigências do Executivo, que desembocaria na falta de vontade de concorrer novamente.
Neste caso, o PDT adotaria o plano B, com o nome do presidente da Festa da Uva, Edson Néspolo, como alternativa natural. Essa é a leitura mais simplificada do cenário eleitoral. Mas uma coisa é certa: quanto mais o tempo passa sem uma decisão anunciada a respeito do candidato do PDT, mais margem existe para suposições de bastidor. Se é que Alceu tem emitido sinais de que não gostaria de concorrer à reeleição, eles não têm sido públicos. Nesse caso, seriam dados a interlocutores próximos.
Alceu tem administrado bem esse momento de definições, sem misturar as coisas. Em suas aparições e declarações, não envereda pelo rumo eleitoral. Há outro detalhe central, a exigir cautela na análise: o afastamento de Alceu da disputa praticamente faz desmoronar um projeto político de continuidade da aliança entre PDT e PMDB. Se não o inviabiliza completamente, exigirá um esforço político muito grande para reconstituí-lo.
No caso de Alceu desistir de concorrer, as pressões dentro do PMDB pela candidatura própria, que já são grandes, "se elevam e se agigantam muito", como disse um peemedebista importante.
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Mirante: chega a hora das decisões
No caso de Alceu desistir, as pressões dentro do PMDB pela candidatura própria, que já são grandes, irão aumentar
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