A Apolo Tecnologia em Polímeros, uma empresa controlada pela Marcopolo, está prestes a inaugurar um novo marco na produção de peças plásticas na região da Serra. Com investimento de mais de R$ 20 milhões, a nova unidade que está sendo construída em Farroupilha vai ampliar em mais de 200% a capacidade produtiva na área e permitir que a empresa passe a fornecer para outras companhias, além da própria Marcopolo. Também vai inaugurar uma nova fase em tecnologia com novos materiais a partir do desenvolvimento de produtos com grafeno, caso do parachoque de ônibus.
A nova unidade fabril da Apolo está sendo erguida no condomínio industrial GreenTec, na frente do Centro Tecnológico Randon. A obra, que começou no final do ano passado, já está entrando na fase de cobertura. A previsão é de que esta parte do telhado esteja concluída até o final do mês. Após a colocação de piso e maquinário, a previsão é de que a operação produtiva, em fase de testes, comece ainda no mês de maio.
Para o início das operações, será transferido todo o equipamento, que hoje ocupa uma área da Acrylis às margens da Rota do Sol, para a nova planta fabril.
A indústria voltada para a fabricação de peças e componentes plásticos também receberá novas injetoras que vão permitir a ampliação da atual capacidade, de injetar 60 toneladas, para uma capacidade de 200 toneladas/mês.
Parachoque com grafeno será produzido na fábrica
De acordo com André Castilhos, diretor executivo da Apolo, a nova planta vai permitir expandir o mercado da empresa para outros segmentos, além de ônibus, caso do setor de máquinas e implementos agrícolas. Ele adianta que já há alguns contratos de fornecimento para outras empresas. Além das peças prontas, o objetivo é trabalhar com o desenvolvimento de novos produtos, a exemplo do que a Apolo já vem trabalhando com peças que utilizam o grafeno.
– Estamos trabalhando com a incorporação do grafeno em uma cadeia de desenvolvimento de peças, tanto para Marcopolo como outras empresas que já nos procuram por causa disso, para aumentar resistência e flexibilidade. No segundo semestre, já devemos ter os primeiros lançamentos – prevê Castilhos.
O diretor da Apolo adianta que um dos projetos envolve uma pesquisa que vem sendo feita em parceria com a UCS Graphene, que já resultou na fabricação de um protótipo de “superparachoque”. Esta colunista, inclusive, teve a oportunidade pular em cima da peça, exposta na UCS, para testar a resistência. Ele serviu de pesquisa para embasar o novo produto que deve ser lançado no mercado, com resistência cinco vezes maior e com a metade da espessura que tinha. É tudo que a indústria automotiva pesada busca: produtos mais leves e com maior resistência.