A abertura da Mercopar foi marcada pelo otimismo e o principal sinal disso era a comparação, ouvida pelos corredores, com edições históricas anteriores. É curioso que um evento que se volta para o futuro celebre o passado, mas é simbólico, porque mostra a consolidação de um novo modelo que vai além de uma feira industrial, que destaca muito mais a inovação.
E até a cerimônia de abertura inovou neste ano por força maior. O presidente da Fiergs, Gilberto Petry, que sempre costuma dar a largada oficial da Mercopar, fez isso por meio de vídeo, já que está na França acompanhando uma comitiva na Sial Paris, feira de alimentos e bebidas.
Na sequência, o diretor-superintendente do Sebrae, André Vanoni de Godoy destacou o aumento de expositores que fez com que o pavilhão 2 da Festa da Uva voltasse a ser ocupado, com 512 marcas, e remeteu ao que chamou de áureos tempos de 2014 e 2015.
— O estímulo veio dos expositores que também pediram um dia a mais — destacou em seu discurso.
Com projeção de mais de R$ 300 milhões em negócios, Godoy terminou a fala invocando que "os deuses da fortuna abençoassem a Mercopar".
O presidente do Sebrae Nacional, Carlos Melles, acrescentou que a feira caminha para alcançar a marcar de R$ 1 bilhão em negócios em pouco tempo. Também chamou a atenção do público o anúncio do prefeito Adiló Didomenico do edital para a concessão do Parque da Festa da Uva, já que a estrutura para abrigar feiras sempre foi um dos fatores decisivos para manutenção de eventos de grande porte na cidade.
O último a discursar não foi o governador Ranolfo Vieira Júnior, como estava previsto no protocolo. O atraso do ministro Paulo Alvim, de Ciência, Tecnologia e Inovação, fez com que a ordem se invertesse, e o representante do governo federal fosse o último a subir ao palco. Apesar deste ano a cerimônia ter sido marcada para mais cedo, às 13h15min, o início dela começou com cerca de uma hora de atraso e o ministro chegou por volta das 15h.
O governador ainda brincou com o presidente da Fiergs, dizendo que tinha preferido vir a Caxias em vez de Paris. E o ministro destacou a vocação da cidade da Serra que, segundo ele, respira inovação.
Paralelo a toda essa movimentação, no Espaço Futuro, outras dezenas de encontros ocorriam em arenas espalhadas dos Pavilhões da Festa da Uva, assim como robôs e apresentações de novas tecnologias transformavam todo este discurso em prática.