Esta foi a minha primeira feira internacional de vinhos com a formação de sommelière, mas, além da análise sensorial e identificação da qualidade de vinhos das mais variadas regiões do país e do mundo, a visão da jornalista em busca da história por trás de cada rótulo ajuda muito. É preciso exercitar um papel de curadoria, essencial quando se tem tantas novidades reunidas em um mesmo espaço.
Nas próximas colunas, vou apresentar lançamentos, projetos empreendidos por enólogos, vinícolas, importadoras e profissionais do vinho. Mas tentando repassar uma visão mais geral do que a Wine South America apresentou, posso adiantar que os consumidores vão encontrar muitas marcas novas no Brasil nos próximos meses, pois muitas empresas participavam pela primeira vez do evento, de pequenos produtores brasileiros em estandes coletivos em busca de importadores a empresas conhecidas em outro países de olho no mercado de um país com dimensões continentais.
Embora uvas tintas e brancas tradicionais predominem nas amostras levadas à feira, o que chama a atenção são processos de vinificação com cortes verticais com safras diferentes, novos estilos de maceração (contato com as cascas) ou mesmo de amadurecimento e envelhecimento.
Outros destaques são os vinhos de colheita de inverno demonstrando a maior participação de vinícolas de outras regiões do país. Também o movimento intenso de pessoas no entorno de estandes com oferta de rótulos de países menos conhecidos por aqui, como o leste europeu, também demonstram um mercado aberto para experimentações. Por fim, queria chamar a atenção para projetos empreendidos por mulheres. Encontrei várias linhas sendo lançadas, tanto de vinhos produzidos apenas por elas quanto produtos para homenageá-las.
Essa é só uma amostra do que vi para “degustação” dos leitores. É só para incentivá-los ao próximo “gole” de informações sobre o setor nas minhas colunas semanais.