Em uma cidade turística, onde muitos visitantes fazem compras, uma discussão que vem desde 2019 está sendo retomada: a lei que proíbe a distribuição gratuita de sacolas plásticas ganha um novo capítulo. Vereadores protocolaram projeto que altera a lei que previa que a proibição começasse a partir deste mês. No entanto, acrescentaram uma nova restrição para as sacolas biodegradáveis. O texto ainda será analisado e, se aprovado, a nova lei deverá valer a partir de 8 de dezembro.
O projeto é de autoria dos vereadores Renan Sartori (MDB) e Professor Daniel (PT). Em substituição às sacolinhas plásticas, propõem aos estabelecimentos que estimulem o uso de produtos reutilizáveis e sacos de papel.
Antes de protocolar na Câmara de Vereadores a nova proposta, foram realizadas reuniões com entidades do comércio, gastronomia e hotelaria da cidade e com a Secretaria do Meio Ambiente para tratar sobre o impacto da medida e como será feita a fiscalização.
O Movimento Ambientalista da Região das Hortênsias (Marh) foi a entidade que mais solicitou que a sacola biodegradável também fosse proibida.
— Batalhamos para uma nova forma de pensar em consumo, inclusive nas embalagens. Estudos mostram que as biodegradáveis são tão prejudiciais quanto as de plástico comum — destaca a presidente da entidade, Francine Broilo.
Lisa Gottschalk, executiva do Sindtur, sindicato que representa a hotelaria e a gastronomia da região das Hortênsias, vê o projeto como importante para o município:
_ Como haverá a possibilidade de compra, e de os clientes usarem de outra forma as sacolas, como de papel por exemplo, entendemos que a médio prazo conseguiremos reeducar sobre o uso de sacolas plásticas e assim pensar de forma mais abrangente o meio ambiente _ aponta.
A proposição foi lida na sessão ordinária do último dia 11 e, após o recesso parlamentar, passará para análise das comissões permanentes para posteriormente ir a votação em plenário. A Câmara de Gramado volta no dia 1º de agosto.