A criação da Taxa de Proteção Ambiental (TPA) em Gramado, projeto da prefeitura que foi levado à Câmara de Vereadores e acabou sendo arquivado em dezembro do ano passado, deve voltar a ser discutida. Nesta semana, representação do município foi ao Legislativo para solicitar que a taxa que deve substituir a tarifa de turismo sustentável tenha novas definições.
De acordo com a secretária municipal de Turismo, Rosa Helena Volk, o texto pode passar por modificações, mas ela destaca a importância de fazer o assunto avançar para que a cidade de cerca de 40 mil habitantes tenha investimentos em estrutura ambiental para suprir a demanda de mais de 9 milhões de turistas que devem visitar Gramado neste ano, expectativa baseada em números de 2019, antes da pandemia.
— Não queremos espantar turista com a taxa, queremos recebê-los bem — destaca Rosa Helena.
A tarifa proposta pela prefeitura varia de R$ 5 para motocicletas a R$ 80 para ônibus e caminhões. Carros de passeio pagarão R$ 15. Além de retomar o debate sobre os valores, a secretária diz que será uma oportunidade para esclarecer melhor alguns pontos e comparar com outros municípios do país que já adotam a taxa ambiental.
— Gramado está propondo esse valor de R$ 15 para sete dias. Vão ter tempo de tolerância para carros que estão de passagem e outras isenções — destaca a secretária.
Representante da hotelaria e gastronomia da Região das Hortênsias, o Sindtur não foi procurando recentemente para discutir a TPA, segundo o presidente Claudio Souza. Mas ele afirma que há muitas dúvidas sobre o projeto. A secretária do Turismo diz que a expectativa é que o assunto avance na Câmara para que possa ser aprovado neste ano a tempo de promover licitações para que a cobrança possa valer no ano que vem. A estrutura para monitoramento dos carros o município já tem. São 70 câmeras instaladas na cidade.