A esperada licitação do programa Caminho da Escola animou o mercado brasileiro de fabricantes de ônibus, em especial a Marcopolo. Das 7 mil unidades previstas, 3,9 mil podem ser produzidas pela indústria de Caxias do Sul. O Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação recebeu nesta quarta-feira (23) as propostas de preços das fabricantes interessadas em fornecer os veículos para o programa do governo federal. A licitação continua em andamento e a comunicação formal sobre os vencedores se dará pela publicação da homologação no Diário Oficial da União.
Conta a favor da Marcopolo o histórico de vários anos de fornecimento para o programa. Na última edição da licitação, em 2019, a fabricante caxiense ficou com 4 mil unidades das 6 mil previstas. Inclusive, alguns dos veículos ainda estão sendo produzidos e devem ser entregues até a metade deste ano. Junto com os ônibus de fretamento, os segmentos são os que estão auxiliando a multinacional a enfrentar uma das piores crises vividas pelo setor de transporte coletivo em função da pandemia.
A nova licitação prevê categorias diferentes de ônibus com diversas configurações quanto ao tipo de aplicação, como tráfego rural ou urbano, e quanto ao número de estudantes a serem transportados em cada modelo. Foram consideradas pelo FNDE como melhores preços ofertas da Agrale, Marcopolo (San Marino e Volare), Mercedes-Benz e Volkswagen.
De empresas de Caxias do Sul, o edital prevê modelos do Agrale Marruá, o V8L 4X4 Attack 8 da San Marino e o micro-ônibus Volare da Marcopolo em parceria com a Agrale. A Volare, inclusive, já forneceu mais de 15 mil unidades ao longo de 13 anos, pois o programa começou em 2007 e já forneceu mais de 50 mil unidades.
A Marcopolo sempre fica com um pouco mais da metade dos pedidos. Mas o número final de veículos produzidos nunca é exato porque depende dos municípios comprarem, de fato, todas as unidades possíveis.