A jornalista Juliana Bevilaqua colabora com a colunista Babiana Mugnol, titular deste espaço
Apesar da pandemia, a Cooperativa Vinícola Garibaldi encerra o ano com motivos para brindar: cresceu 7% em 2020. O faturamento ultrapassou os R$ 186 milhões. O bom resultado está atrelado, em parte, às vendas de espumantes, principal produto da casa, que tiveram incremento em volume de 13% em relação ao ano passado.
Além disso, a comercialização de vinhos finos impulsionou o crescimento. No comparativo com 2019, as vendas cresceram 30% — o vinho foi considerado neste ano a bebida da quarentena pelos especialistas do setor. No início do período de distanciamento, que coincidiu com outono e inverno, as pessoas passaram mais tempo em casa e elegeram a bebida como companhia.
O Frisante Relax, eleito o melhor vinho rosé do país na avaliação da 9ª edição da Grande Prova Vinhos do Brasil, acumulou um crescimento nas vendas acima dos 150% em relação a 2019.
Visitação caiu
Os bons números de vendas não se repetiram na visitação à vinícola. Não poderia ser diferente diante do cenário de pandemia. Com as restrições impostas pelo Modelo de Distanciamento Controlado do governo, a Garibaldi deve fechar 2020 com 52 mil visitantes — no ano passado, foram 145 mil pessoas.
Apesar disso, houve aumento no tíquete médio gasto pelos visitantes. Em novembro, as cifras ficaram próxima dos R$ 90, um acréscimo de 180% em relação ao mesmo período de 2019.
A Cooperativa Vinícola Garibaldi, que reúne atualmente 420 famílias associadas, completa 90 anos de fundação em janeiro.