A jornalista Juliana Bevilaqua colabora com a colunista Babiana Mugnol, titular deste espaço
As tratativas para instalação de uma fábrica de garrafas na Serra estão avançando. Nesta quarta-feira (9), ocorre uma reunião entre a União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra) e um fundo de investidores norte-americanos. Desde o ano passado, a Secretária Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural mantém contato com o grupo de empresários estrangeiros.
A falta de vasilhames é um problema que se agravou com a pandemia de coronavírus. Conforme Deunir Argenta, presidente da Uvibra, mesmo quando o setor estava estagnado já faltavam garrafas. O consumo de vinhos nos últimos meses despontou, aumentando ainda mais a demanda pelo produto. Segundo ele, para 2021 a informação é de aumento no preço dos recipientes.
De acordo com Argenta, as vinícolas brasileiras estão se obrigando a importar garrafas da Argentina e do Chile, já que os fornecedores brasileiros têm preferido abastecer a indústria cervejeira. Isso aumenta o custo final do produto em razão da alta do dólar e do frete. Além disso, há demora na entrega.
Dois anos para virar realidade
A Uvibra já esteve reunida com um grupo de empresários brasileiros interessados em investir na Serra. A entidade realizou, na semana passada, um encontro virtual com as empresas Vidroporto e Wheaton, ambas de São Paulo, e Lavras Mineral, de Lavras do Sul, RS.
A entidade estima que uma nova fábrica de garrafas de vidro levaria cerca de dois anos para ser construída e entrar em operação.