As empresas de Bento Gonçalves apresentaram um faturamento 5% superior no primeiro semestre de 2019, em relação à igual período do ano passado, atingindo volume de R$ 5,1 bilhões. Os números integram a edição número 48 da revista Panorama Socioeconômico de Bento Gonçalves, publicação do Centro da Indústria, Comércio e Serviços do município (CIC-BG). A indústria é o segmento que mais fatura, com participação de 59%, seguida pelo comércio (21,2%) e pelos serviços (19,8%).
Foi a primeira vez desde 2014 que a indústria de Bento Gonçalves apresentou crescimento real positivo — o índice, descontada a inflação, foi de 1,8%. E o setor moveleiro permanece como o principal responsável pelo faturamento do segmento, respondendo por 34,3% do total — mesmo índice do ano passado.
A variação real positiva também foi verificada no comércio e nos serviços, que tiveram desempenho ainda melhor, de 3,6% e de 6,8%, respectivamente.
O saldo de empregos também sinaliza para uma retomada da economia. O segmento da construção civil registrou crescimento de 13% no número de empregos formais.
— Os números são tímidos, mas mostram que estamos na direção de uma retomada econômica. Torço para que esse otimismo contagie a todos os empresários para deixar de lado as dificuldades que enfrentamos, que não são poucas — destacou o presidente do CIC-BG, Elton Gialdi.
Município exportou US$ 77 milhões
As exportações diminuíram em 2018 na comparação com o ano anterior. A retração foi de 5%, mas a balança comercial no município, que é a relação entre importações e exportações, permaneceu positiva em 34,5 milhões de dólares. No ano passado, o município exportou 77 milhões de dólares. O carro-chefe entre os produtos comercializados com o Exterior foram os móveis. A participação do segmento no volume exportado cresceu: passou de 44% em 2017 para 53% em 2018.
Em valores absolutos, a exportação de móveis subiu para 40,7 milhões de dólares.
COLÔMBIA NA DIANTEIRA
Bento Gonçalves exportou seus produtos para 76 países em 2018, sendo o Uruguai (16%) o principal mercado, seguido de Colômbia (12%) e Peru (10%). No primeiro semestre deste ano, no entanto, a Colômbia tomou a dianteira, com uma participação de 17%.
EM 2018
> Número de MEIs (microempreendedores individuais) cresceu 16,8%.
> Número de PJs (pessoas jurídicas) diminuiu 3,8%.
> 21% dos empregados estão em empresas de até 9 funcionários; outros 22% estão em empresas de grande porte, com mais de 500 funcionários.
> Os depósitos em poupança alcançaram R$ 1,44 bilhão em 2018, crescimento de 8,48% em relação a 2017.
> Tributos estaduais arrecadados no município cresceu 14,74%, atingindo R$ 406,8 milhões.
> Receitas municipais cresceram 4,69%, e as despesas aumentaram 5,56%. O superávit foi superior a R$ 28 milhões.
> Frota cresceu 2,1% de 2017 para 2018. Ao todo, são 80.945 veículos, quase um para cada 1,5 habitante, ou 2 para cada 3.
NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2019
> 10.030 empresas PJs (pessoa jurídica).
> 6.093MEIs (microempreendedores individuais).
> 1 empresa para cada 7,5 habitantes, ou 2 para cada 15.
Dados estratégicos
A revista Panorama Socioeconômico, do CIC-BG, é editado em parceria com a Universidade de Caxias do Sul (UCS). Ela centraliza dados estratégicos do município, facilita consultas e agiliza tomada de decisões, inclusive relacionadas a investimentos.
A reunião de dados socioeconômicos é uma dificuldade a mais em Caxias do Sul.