Ao enaltecer os 22 anos do Banco da Mulher de Caxias do Sul e a dedicação de voluntárias como a Dona Nilva Randon, o presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC), Ivanir Gasparin, aproveitou seu pronunciamento nesta segunda-feira, na abertura da reunião-almoço, para fazer um chamamento à classe empresarial.
O dirigente, ao elogiar a nobre finalidade da instituição de conceder microcrédito para impulsionar pequenos negócios, salientou que esse pensar coletivo e essa preocupação com a inclusão por meio do trabalho precisam se multiplicar em Caxias:
– Os propósitos que norteiam o Banco da Mulher nos levam a pensar na relevância das palavras “inclusão” e “pertencimento”. É provável que a raiz desse sentimento de não pertencimento, que se revela nas rodas de conversas com amigos, em eventos sociais ou na hora de fazer negócios, esteja na cultura que forjou esta comunidade, criando também uma leva de pessoas invisíveis. Aqui, todo mundo quer ser protagonista, e poucos, de fato, se ajudam de forma espontânea e desinteressada – desabafou Gasparin.
O empresário atentou para a importância de repensar os modelos de negócios, com a aposta na construção de um mundo colaborativo, com relações mais humanizadas.
– Nosso desejo de vencer, existente desde os imigrantes italianos, fez crescer Caxias do Sul. Acontece que esse mesmo desejo de vencer tem afetado nossa maneira de trabalhar colaborativamente, que é a nova ordem econômica. O que nós, como sociedade, podemos fazer para que todos, indistintamente, se sintam pertencentes a Caxias do Sul, acolhidos de fato? Que país estamos deixando?
Essa é a excelente reflexão proposta pelo presidente da CIC de Caxias.