Com a notícia de que a Unimed Nordeste está descredenciando quatro laboratórios de análises clínicas parceiros em Caxias do Sul, a coluna buscou entender os motivos e os impactos aos beneficiários do plano de saúde. Em entrevista concedida à colunista, o vice-presidente da cooperativa médica, Carlos Castellano, informa que a decisão, que passa a valer a partir da semana que vem, está vinculada a uma estratégia de gestão que contempla duas variáveis: a otimização da estrutura própria de laboratórios e, com isso, a redução de custos.
– Nosso laboratório tem 21 anos, e estava subutilizado. Atingiu a maturidade, com qualidade, capacidade técnica, certificações e integração de informações. Temos quatro pontos de coleta em Caxias do Sul e dois em Farroupilha – destaca o médico.
A partir de segunda-feira, dia 4, os laboratórios Alfa e Hemoprime ficam descredenciados, seguidos pelo Pasteur e pelo César Costa, a partir de quarta-feira, dia 6. Um dos maiores impactados pela medida será o Alfa, pela parceria de longa data. O laboratório tentou, sem sucesso, reverter a decisão. Por isso, criou uma tabela com custos de exames mais acessíveis para pacientes da Unimed, alguns clientes há mais de 40 anos (o Alfa nasceu em 1976).
Para dar conta da demanda, que deve crescer pelo menos 50% – passando dos atuais 80 mil exames por mês para 120 mil, até 140 mil mensais –, a Unimed Nordeste reforçou a estrutura do Laboratório de Análises Clínicas. Neste mês, incorporou às equipes 21 novos funcionários para atuar nos postos de coleta. A estrutura de exames, junto ao Complexo Hospitalar da Unimed, também foi “redimensionada”, como destaca Castellano.
– Como o setor de análises clínicas está muito vinculado à informatização, o maior volume de demanda dilui muito o custo – explica o executivo.
Em números: fundada em 1972 por 42 médicos, a Unimed Nordeste conta hoje com mais de mil médicos cooperados e soma 300 mil beneficiários, distribuídos nos 17 municípios de sua área de abrangência geográfica.