A retomada da economia é confirmada por números e economistas. É unânime a opinião de que o pior da crise econômica foi deixado para trás. Mas, ao mesmo tempo, não é possível ignorar que o saldo da retração foi "uma década perdida", como frisou o economista-chefe da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), André Nunes de Nunes, durante o 28º Congresso da Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs) na última quinta-feira, em Bento Gonçalves.
– Estamos vivendo a retomada mais lenta da história, sendo que em 2021 o Produto Interno Bruto (PIB) da indústria ainda não terá retomado o pico de 2013. A lentidão é ainda maior para o PIB per capita, que será atingido apenas em 2023 – destacou o especialista.
De um lado, Nunes enalteceu o retorno do consumo das famílias. Do outro, jogou luz a um tema preocupante: a burocracia como um dos entraves para o desenvolvimento econômico, assim como a precária infraestrutura logística:
– Como vamos competir na indústria 4.0 se não completamos o ciclo da 3.0? – questionou.
Alguém tem a resposta?