A discussão envolvendo a convenção coletiva de uma das atividades mais relevantes da Serra continua em impasse.
Em nova reunião de negociação – a quarta rodada –, na quinta-feira, o Sindicato dos Metalúrgicos colocou sobre a mesa o percentual de reajuste solicitado: 7%.
A alegação da categoria para o índice é de que o custo de vida tem aumentado demais, com os reajustes constantes de gás de cozinha, combustível, plano de saúde, luz e alimentação, muito acima da média da inflação divulgada pelo governo. Eles também destacam que o segmento registrou crescimento de 25% no faturamento de janeiro a abril de 2018.
Em contrapartida, evocando as dificuldades enfrentadas nos últimos anos, as demissões e a greve dos caminhoneiros, que retraiu em 25% a receita das empresas do setor (representando uma queda de R$ 250 milhões) em maio, a entidade patronal (Simecs) propôs 2%, pouco acima da reposição da inflação (INPC dos últimos 12 meses, de 1,76%).
Com a falta de consenso, nova reunião está agendada para a tarde da próxima segunda-feira. Já houve anos em que, por falta de uma decisão entre as partes, a convenção precisou ser mediada pela Justiça do Trabalho. Essa opção não está descartada. O bom-senso deve prevalecer com um índice que valorize os trabalhadores e viabilize as empresas.
Mas, no momento, as propostas estão muito distantes de um consenso. A acompanhar.