Com a interrogação no ar sobre o futuro da economia e do mercado de trabalho, o consumidor gaúcho ficou mais consciente em relação aos gastos e buscou fugir do endividamento em 2017, evitando adiar o pagamento das aquisições nas gôndolas.
Um dos termômetros que apontam esses novos hábitos de consumo foi apresentado pelo presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, a partir de estudo com 226 companhias do setor.
Eis os dados: o percentual de consumidores gaúchos que pagaram as compras no mercado à vista, em dinheiro, saltou de 27,4% em 2016 para 34% no ano passado. Na contramão, caiu o número de clientes que optaram pelo cartão de débito (de 29,2% para 26,6%), cheque pré-datado (de 4% para 3,3%), cartão de crédito (de 32,8% para 29,6%) e tíquete (de 5,1% para 4,9%).
– Ainda assim, 100% dos supermercados gaúchos aceitam cartões ou outros meios eletrônicos, que conferem maior segurança ao consumidor e às empresas. O dinheiro representa só um terço das vendas – pontua Longo, empresário de Bento Gonçalves.