A chegada da Havan em Caxias do Sul e Passo Fundo terá a negociação com os trabalhadores como um dos grandes entraves a serem superados. A rede de departamentos fecha as portas em apenas três feriados no ano: Dia do Trabalhador, Natal e Ano-Novo.
Já, em sua convenção coletiva, o Sindicomerciários de Caxias define sete datas como feriados, em que as lojas (os supermercados têm regra distinta) não podem abrir com mão de obra de funcionários. São elas: Ano-Novo, Dia do Trabalhador, Páscoa, Corpus Christi, Revolução Farroupilha, Finados e Natal. Já os feriados em que as lojas funcionam são: Tiradentes, Caravaggio, Independência, Nossa Senhora Aparecida e Proclamação da República.
Em Passo Fundo, também são sete feriados em que os comerciários folgam e, claro, o comércio não abre. Em nota divulgada na quinta-feira, o Sindilojas de Caxias – representante dos lojistas e, portanto, a voz da Havan – garante que a livre abertura é uma bandeira que a entidade tem levantado ao longo dos anos.
“Sempre houve disposição da entidade em negociar para conquistar mais dias de feriados, e essa questão tem sido um obstáculo a superar para o fechamento da negociação ao longo dos anos.”
Em Caxias, o Sindicomerciários vai esperar a Havan efetuar as contratações para dar largada às negociações. Já em Passo Fundo, o sindicato dos trabalhadores recusou a proposta da empresa sobre a abertura em feriados.
Cada loja da Havan gera entre 120 e 150 funcionários. Em tempos de escassez de empregos, é possível que haja um acordo que possa viabilizar o negócio, valorizar os trabalhadores e ajudar a impulsionar a economia.
Em Caxias, no momento, a Havan está em fase de demolição dos prédios da antiga Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa), na RSC-453, no acesso ao bairro Desvio Rizzo. A expectativa é para saber se Caxias ou Passo Fundo terá a primazia de abrigar a primeira Havan gaúcha.
A acompanhar.