A economia brasileira começa a reagir, mas deixou como saldo negativo uma legião de endividados, por conta da conjunção desastrosa de desemprego, aumento do custo de vida e achatamento de salários.
Pesquisa divulgada pelo SPC Brasil e pela CNDL aponta que quatro em cada 10 consumidores chegaram ao final de 2017 com as contas no vermelho.
Dos entrevistados, 45% dizem estar no limite do orçamento e com planos de diminuir os gastos neste começo de ano. Sobra de recursos financeiros foi um luxo só possível a 13% dos brasileiros. Dos tomadores de empréstimo, 22% encerraram o ano com parcelas em atraso. Quase metade notou aumento na fatura do cartão de crédito, com a média de gastos de R$ 1.035.
A renda extra de final de ano ajuda a aliviar esse quadro, mas a buscada estabilidade no bolso depende de disciplina e rigor, já que o 13º foi um aumento temporário de recursos anulado por gastos com presentes, IPTU, IPVA, férias e volta às aulas.
Em caso de aperto nas finanças, o sinal precisa ser vermelho para as taxas de juros, avaliando se o valor das parcelas não comprometerá a renda e o pagamento de outros compromissos. Até porque aquilo que se apresenta como uma solução emergencial pode transformar-se em dor de cabeça logo adiante.