Será que Caxias começa a poder respirar sem aparelhos? Os números do emprego formal, pelo menos, representam um alento após tanto tempo falando-se em demissões.Conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em janeiro de 2017 a cidade gerou 726 empregos (saldo entre admissões e desligamentos).
Em dezembro de 2016, Caxias havia amargado 2.597 vagas fechadas. No último mês do ano, a indústria liderava o encerramento de postos, com uma baixa de 1.373 oportunidades, seguida pelos serviços, com queda de 700. Em janeiro de 2017, os números mudaram de time.
A agropecuária, pelo período de safra, puxou os dados, com a criação de 548 vagas; seguida pela indústria de transformação, com 236 postos. O comércio, na esteira contrária, fechou janeiro com queda de 106 oportunidades. A explicação é o enxugamento das equipes após o reforço para as vendas de Natal.
Em 12 meses, os números do Caged ainda são avassaladores, com a extinção de 6.730 vagas de trabalho em Caxias. Mas já foi pior: em dezembro, nesse mesmo comparativo (ou seja, últimos 12 meses), a retração era de 7.037 postos de trabalho. Minimizou um pouco.
Ainda não é motivo para euforia. Os números isolados ainda não representam retomada, até porque janeiro apresenta como fato atípico a safra agrícola que puxou esses indicadores. E mais: o fechamento de milhares de postos não será amenizado agora de uma hora para outra.
Só os próximos meses poderão confirmar se está havendo uma recuperação lenta e gradual, o que já seria motivo de festa.
Caixa-Forte
Indústria de Caxias fechou 1.373 vagas em dezembro e gerou 236 postos em janeiro de 2017
Caxias registrou números no azul no primeiro mês do ano: foram criados 726 postos, com liderança da agropecuária
Silvana Toazza
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