Além do atraso de parte dos salários e das atividades suspensas, o processo de recuperação judicial da Guerra SA Implementos Rodoviários, de Caxias do Sul, tem um agravante: divergências entre os sócios.
Diretor da MAM Participações e pertencente à família fundadora da empresa, Marcos Guerra, acionista indireto detentor de 20% do capital da companhia, levou à Justiça uma série de questionamentos sobre o grupo controlador, o fundo internacional Axxon Group, abrangendo o real valor do imóvel e a efetiva utilidade da sua alienação para a recuperação da empresa.
O empresário discorda dos rumos do processo de recuperação da Guerra SA e da operação financeira que envolveria o imóvel da sede. Marcos Guerra justifica que tal transação não estaria contemplada em um plano de recuperação viável.
O caso está com a juíza Cláudia Rosa Brugger, que tem nas mãos a difícil tarefa de analisar o impacto da decisão sobre todos os envolvidos.
Na quinta-feira, funcionários fizeram um protesto pelo atraso de 60% no valor dos salários. Na sexta-feira, o advogado responsável pela recuperação judicial da Guerra SA, Angelo Coelho, garantiu à coluna que a integralização do pagamento dos salários de trabalhadores da produção será feita na próxima segunda-feira.
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