A crise que se abateu na Serra Gaúcha em 2014 e ainda não nos abandonou deixará como legado uma mudança drástica na postura do consumidor.Com a escassez de recursos e com as demissões, o cliente passou a ser mais zeloso com seu dinheiro. A pesquisar, a exigir direitos, a pechinchar descontos.
O custo de vida não para de subir. Os salários não conseguiram acompanhar a escalada da inflação. Houve perda do poder de compra. Com isso, o trabalhador aprendeu a diferenciar o que é essencial, deixando o supérfluo e o menos importante de lado na hora das compras.
O cenário no momento parece menos nebuloso, mas a cautela nas compras e o receio do endividamento continuam fiéis companheiros das famílias.A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou que a confiança do consumidor voltou a subir em setembro em comparação a agosto, ficando no maior patamar desde janeiro de 2015. Isso retrata as expectativas da população quanto ao futuro (leia-se para os próximos seis meses), puxando o Índice de Confiança do Consumidor (ICC).
Já o subitem que mede o grau de satisfação dos consumidores com relação à situação atual da economia piorou em setembro. Por enquanto, a torcida é para que o otimismo se traduza na recuperação do mercado de trabalho e da situação financeira das famílias. Até lá (e mesmo depois de o tsunami passar), a postura será de prudência com as finanças.
Caixa-Forte
Crise provocou mudança drástica na postura do consumidor
O trabalhador aprendeu a diferenciar o que é essencial, deixando o supérfluo e o menos importante de lado na hora das compras
Silvana Toazza
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