De acidentes até atendimentos em eventos esportivos, os Bombeiros Voluntários de Marau, no norte gaúcho, ocupam o terceiro lugar entre os batalhões que mais atendem no Rio Grande do Sul.
Os dados são da Voluntersul, entidade que representa as 47 unidades de Bombeiros Voluntários do RS.
Conforme a instituição, dos 35.904 atendimentos em 2023, 3.312 foram feitos pelas equipes de Marau — uma média de 10 chamados por dia. Os primeiros da lista são:
- Três Coroas: 5.137 atendimentos
- Rolante: 4.011 atendimentos
- Marau: 3.312 atendimentos
- Igrejinha: 3.033 atendimentos
- Nova Petrópolis: 2.138 atendimentos
Os Bombeiros Voluntários de Marau atuam na cidade e região há mais de 30 anos. Hoje, até 85% dos chamados são para atendimentos pré-hospitalares (APH) com ambulância.
— São remoções e acidentes. Depois tem o combate a incêndio, que começa mais ou menos nessa época do ano, e outros atendimentos — disse Derli Couto, que atua na corporação.
Por causa do volume de ocorrências na RS-324, o grupo — hoje formado por 26 membros efetivos e 30 voluntários — construiu uma segunda unidade às margens da rodovia. O espaço principal fica na Rua Honorno Borges, na Vila Angela Borella.
— Dividimos as ocorrências, mas claro que há momentos que a gente tem que unir as duas equipes para prestar o serviço — completou a voluntária.
Apoio da comunidade
Alguns integrantes dos Bombeiros Voluntários de Marau são contratados através de recursos que vêm da doação da comunidade e repasses do poder público da cidade.
Esse é, inclusive, a principal forma do grupo de obter apoio para a construção de suas bases, modernizar a frota de veículos e adquirir novos equipamentos.
— Sempre que há necessidade de desenvolver uma campanha pedindo apoio a comunidade nos abraça e conseguimos adquirir o que precisamos — afirmou o comandante Paulo Mello.
Hoje o grupo avalia a possibilidade de melhorar a frota e adquirir um novo caminhão para combate a incêndios.
Um projeto financiado com o apoio da comunidade é a ampliação do prédio dos bombeiros na Rua Alberto Balardin. O espaço terá, entre outras melhorias, salas de aula para receber os alunos do programa Bombeiro Mirim.
Foi nesse projeto que Ana Julia Santos, 18, entrou ainda criança, as oito anos. Ela entrou no curso e se apaixonou pela profissão. Hoje, atua como bombeira efetivada.
— Ainda, às vezes, vai me caindo a ficha que realmente agora eu estou efetivada, porque foi um sonho cultivado por vários anos e, agora, realizado — disse.