A ação dos assaltantes que mataram pai e filho em um mercado na manhã deste domingo (31) em Muliterno, no norte gaúcho, durou 10 minutos. Imagens de câmeras de videomonitoramento obtidas por GZH Passo Fundo mostram que três homens entraram no estabelecimento às 8h15min, anunciaram o assalto às 8h27min e saíram às 8h36min, depois de atirar contra o comerciante Luiz Brollo Sobrinho, 71 anos, que morreu no local, e o filho dele.
Nas imagens é possível ver que Brollo tentou acertar o assaltante com o que parece ser um pedaço de madeira depois que seu filho, Fábio Júnior Brollo, 44, é atingido por um tiro dos assaltantes. Fábio chegou a ser socorrido, mas morreu a caminho do hospital de David Canabarro.
O registro em vídeo (assista acima) mostra que os assaltantes acessaram a entrada lateral do mercado com um Celta prata. Três homens anunciam o assalto: um de boné e camiseta vermelha, que mantém os reféns durante a ação, um de blusa preta com capuz e outro de camisa verde, que buscam os proprietários do estabelecimento para entregar pertences.
Por volta das 8h33min, há um desentendimento entre os comerciantes e os dois assaltantes. Fábio tenta impedir o avanço de um dos criminosos quando é atingido pelo disparo, às 8h34min. Um minuto depois, Afrânio Leonardo Brollo, filho de Luiz, que também estava no local, aparece com o que parecem ser ferimentos na cabeça.
Segundos depois, Luiz é visto avançando contra o assaltante de camisa verde com o que parece ser um pedaço de madeira. Ele, porém, é atingido por um disparo de arma de fogo e morre no local.
Carro usado no crime é encontrado
Até o momento, as buscas da Brigada Militar e Polícia Civil identificaram o veículo utilizado no crime na saída de Muliterno para a BR-285. A polícia trabalha com a hipótese de que os criminosos utilizaram outro carro para fugir do local após abandonar o Celta prata usado no assalto.
De acordo com a Brigada Militar, os suspeitos não levaram nada no assalto. Agora, equipes fazem buscas na região e em câmeras de videomonitoramento de cidades do entorno para identificar os criminosos. Não há presos até o momento.
— Temos nomes de suspeitos, mas é preciso avançar nas evidências. Ouvimos testemunhas no local e as buscas continuam — afirmou a delegada Taís Neetzow, que lidera a investigação.