A Secretaria de Saúde de Santo Ângelo, no noroeste do Rio Grande do Sul, começou a usar drones na aplicação de larvicida, nesta terça-feira (6). A iniciativa é uma das medidas adotadas pelo município para evitar a proliferação do mosquito aedes aegypti, transmissor da dengue.
O equipamento é o mesmo utilizado na pulverização de lavouras e deve facilitar a disseminação do produto, especialmente em áreas de difícil acesso. Através dele, vai ser aplicado um larvicida biológico, que atua na água, quando o mosquito ainda está em fase de larva. Por isso, ele não traz prejuízo para as pessoas e os animais.
Antes de iniciar a aplicação na cidade, o produto foi testado e aprovado pelas equipes de saúde. A mesma avaliação será realizada após sete dias para verificar a eficácia da aplicação.
A secretaria também distribui repelentes para pacientes que viajam a outros municípios em busca de atendimento médico, para evitar a importação do vírus. Santo Ângelo tem apenas um caso importado da doença, mesmo assim é considerado infestado pelo mosquito.
— A gente não tem dengue ainda no município, mas a gente tem um alto índice de infestação, então temos que combater o mosquito na sua fase precoce, ainda quando larva, e o pessoal que vai consultar em outras cidades, onde o vírus está circulando, a gente oferece o repelente para tentar evitar a importação do vírus pra cá — explicou o secretário de saúde de Santo Ângelo, Fernando Roberto Bernardi.
Região noroeste
A região noroeste do Estado é a que registrou o maior número de casos da doença. Tenente Portela é o município com maior número de diagnósticos. São 817 segundo o painel da Secretaria Estadual de Saúde do RS.
A primeira morte por dengue em 2024 no RS também foi no município gaúcho de cerca de 14 mil habitantes. Trata-se de uma mulher de 71 anos que tinha doenças pré-existentes.