Eleito com 1.538 votos, Gilmar Fuga Jr. (PSB) vai estrear na Câmara de Vereadores de Passo Fundo em 2025. Aos 40 anos, o parlamentar que cresceu na comunidade das vilas Operária e União quer fazer um mandato voltado para a presença do poder público na periferia.
A eleição de 2024 foi a primeira disputada por Fuga, que traz na bagagem a participação voluntária em ações de organizações e associações beneficentes, como a Central Única das Favelas (Cufa) e a ONG Amigos Para Fazer o Bem, e também entidades estudantis.
— A soma de vivências e experiências da nossa juventude, de dificuldade ao acesso à educação, à saúde, de ter o mínimo necessário pra viver, a gente começou a criar uma consciência social, mesmo imatura. A partir daí comecei a me envolver com o trabalho social — lembra.
Ao longo de 12 anos, o vereador trabalhou no gabinete do atual presidente da Câmara, Saul Spinelli (PSB). Ele conta que a experiência o fez conhecer melhor a política e perceber quais ideais gostaria de trazer presentes. O parlamentar será o único a representar o PSB na próxima legislatura.
— Nossa proposta para a cidade é de uma característica de candidatura de esquerda, plural, coletiva e periférica, para atender realmente quem mais precisa, com a construção de um orçamento participativo dentro do parlamento — reitera.
Futuro na política
Fuga abraça o posicionamento de esquerda e rejeita o termo "nova política", afirmando que o Legislativo deve focar em discussões coletivas e contribuir com o que, segundo ele, sempre foi o foco da política.
— Eu digo que a política é uma política raiz, que tem que melhorar a vida das pessoas e pensar a cidade num todo, para todas as classes sociais, independente de cor, credo e orientação sexual. Eu não gosto muito do termo nova política. Essa terminologia que se usa para tentar fazer frase de efeito, eu não me adapto muito a isso — acrescenta.
Dentre outros temas que devem estar na pauta do parlamentar está a luta pelos direitos das pessoas com deficiência (PCD), educação e saúde, além da democratização do debate político e o fortalecimento do vínculo entre a comunidade e a casa legislativa.
— Somente o trabalho e a resistência vão nos fazer criar uma política honesta e que realmente a sua finalidade esteja executada, que é atender as necessidades das pessoas e melhorar a vida das pessoas de forma digna — completa.