Com 110 mil metros quadrados divididos entre os oito cemitérios municipais, Passo Fundo tem pouco espaço para a instalação de novos túmulos. Conforme a secretaria de Serviço Gerais, existe área para sepultamento apenas no Cemitério Jardim da Colina, enquanto nos demais há vagas somente em espaços já edificados.
A partir de um mapeamento dos cemitérios, realizado neste ano por uma empresa contratada por licitação, foram identificados 15.914 jazigos no município. A empresa agora trabalha no levantamento fotográfico e vinculação cadastral no sistema, além da digitalização do acervo de documentos.
A partir do georreferenciamento dos cemitérios será possível identificar espaços não utilizados ou que estão abandonados, o que auxiliaria a resolver temporariamente o problema. Também são estudadas pela prefeitura outras possibilidades de ampliação de espaço.
— Com os dados mais precisos do georreferenciamento, estamos trabalhando internamente nas medidas e alternativas que serão efetivadas para ampliar a oferta de espaços nos cemitérios municipais para os próximos anos — diz o secretário Alexandre Mello.
Espaço esgotado em quatro anos
Um levantamento feito em 2023 por GZH Passo Fundo indicava uma média de 70 sepultamentos por mês na cidade. O número aumentou em 2024, com uma cerca de 83 enterros mensais entre janeiro e agosto, conforme o dado mais recente fornecido pela prefeitura.
Isso significa que, sem novas alternativas, o espaço disponível para novas sepulturas estará esgotado em cerca de quatro anos.
Em Passo Fundo, o maior dos oito cemitérios municipais é o Cemitério Vera Cruz. Em seguida estão os cemitérios da Petrópolis, Jardim da Colina, Ribeiros, Roselândia, Santo Antônio, São Miguel e São João.
Além destes, a cidade tem espaços particulares com poucas sepulturas, mas que não podem ser considerados cemitérios. Isso acontece porque, até a promulgação da Constituição de 1988, moradores podiam solicitar às prefeituras a construção de jazigos familiares em áreas reduzidas.