Às 9h deste domingo (11), a estrutura da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa) de Passo Fundo foi implodida. Cem quilos de explosivos foram utilizados na operação, que derrubou a torre do meio do prédio.
Mesmo com o frio, centenas de curiosos se reuniram nas proximidades para assistir à detonação, que durou cerca de seis segundos. O aparato de segurança foi estabelecido ainda no sábado (10). Sérgio Antunez, 83 anos, mora nos arredores e precisou deixar a residência na evacuação.
— Eu tive que sair de casa, agora estou acompanhando aqui. Mas saímos pela segurança, né? E eu acho que está certo em implodir, é um terreno que tava parado, sem uso, então vai ser uma evolução aqui pro bairro Petrópolis — disse.
Em torno de cem agentes da Defesa Civil e da Brigada Militar monitoraram a ação. Cinco sirenes tocaram entre as 8h e 8h58min, anunciando cada etapa da detonação.
Por fim, nos segundos finais, uma contagem regressiva marcou o momento da detonação. Uma série de explosões foi seguida por uma espessa fumaça branca, que escondeu a paisagem momentaneamente.
— Eu gostei, mas esperava mais, acho que foi um pouco decepcionante. Esperava que ia cair tudo, mas ainda parece que ficou boa parte — comentou a empresária Luzmarina Saldanha, que acordou cedo para assistir à demolição.
Apesar de não ter suprido a expectativa de parte da plateia, o responsável pela ação, Manoel Jorge Diniz Dias, o "Manezinho da Implosão", garante que a parte técnica aconteceu dentro do esperado. Agora, o restante do dia será dedicado à vistoria do local.
— Do ponto de vista técnico, para nós, o resultado atendeu a expectativa, estava no cardápio, e isso faz parte de um processo de fragmentação que vem após a implosão. Agora nós vamos utilizar máquinas para separar a ferragem do concreto, sendo que parte do material será usado na própria obra que vem em seguida — destacou.
A tendência é de que, após finalizada a demolição e a limpeza da área, o local começará a dar espaço a novos negócios. As tratativas para um centro comercial estão acontecendo, mas nenhum contrato foi acertado até o momento.