O Comando Ambiental da Brigada Militar tem intensificado o trabalho de resgate de animais silvestres em todo Estado. Só na tarde de terça-feira (20), uma coruja-buraqueira e um ouriço-cacheiro foram reinseridos em seus habitats naturais, na Região Noroeste.
A reinserção dos animais em seu ambiente de origem é um passo importante para garantir a biodiversidade e a saúde dos ecossistemas.
No primeiro caso, após ser acionada por um morador de Santa Rosa sobre a presença de uma ave em sua propriedade, a equipe da Brigada Militar se deslocou até a residência onde encontrou a coruja. Como o animal apresentava boas condições de saúde, logo pode ser reinserido na natureza.
O mesmo aconteceu com o ouriço-cacheiro, em Santo Ângelo. O batalhão foi acionado por um morador e pode realizar o resgate de forma segura, sem riscos para o animal e as pessoas.
O que fazer ao encontrar um animal silvestre
O Comando Ambiental da Brigada Militar também compartilhou orientações de como prosseguir nos casos de encontro com espécies silvestre. Confira abaixo:
1. Manter a calma: ao encontrar um animal silvestre ferido ou em situação de risco, evitar o pânico. Não se aproximar demais, pois o animal pode se sentir ameaçado.
2. Não tentar capturar: animais silvestres podem reagir de forma imprevisível. Por isso a orientação é evitar manuseá-los sem a devida orientação de profissionais.
3. Chamar as autoridades: entrar em contato com a Brigada Militar ou com o órgão ambiental local para relatar a situação. Os profissionais têm a experiência necessária para lidar com a reinserção ou o tratamento dos animais.
4. Fornecer informações detalhadas: informar sobre a localização e a condição do animal para que a ajuda possa ser direcionada.
Em todo o Rio Grande do Sul, a Brigada Militar pode ser acionada pelo telefone 190 para atender às ocorrências.
Sobre as espécies
A coruja-buraqueira é uma predadora eficiente, com papel vital no equilíbrio ecológico. A espécie mantém populações de pequenos animais, como roedores e insetos, sob controle no ecossistema.
A espécie é a única que cava um buraco no chão para a toca. E faz isso em época de reprodução, durante o verão. As demais fazem o ninho em árvores — explicou o especialista. Corujas-buraqueiras tem vida média de 15 anos.
Já o ouriço-cacheiro é um mamífero noturno, que se alimenta de insetos e pequenos invertebrados, desempenhando um papel no controle de pragas. Facilmente identificado por ter espinhos, o nome ouriço-cacheiro corresponde à ação de "cachar", ou seja, cavar ou se esconder.