O domingo (17) será de decisão para o Atlântico. A equipe de Erechim enfrenta o Joinville, às 10h, na final da Liga Nacional de Futsal (LNF), em busca do título inédito. Neste ano, o vencedor será definido em jogo único. Sendo assim, quem vencer em Toledo fica com a taça. O empate leva a partida para a prorrogação e, caso a igualdade se repita, o campeão será conhecido nas penalidades máximas.
O técnico Paulinho Sananduva é quem pode conduzir o Galo à fazer história na Liga Nacional 21 anos depois. Foi ele quem comandou o Atlântico em 2002, quando o clube disputou a competição nacional pela primeira vez e, agora, na sua terceira passagem pela equipe, tem a chance de conquistar o título inédito.
— Apesar de estarmos há tantos anos disputando essa competição, é o único título que falta tanto para mim quanto para o Atlântico. Não quero transformar essa questão em uma situação complicada ou sentimental, até porque chegamos até aqui com muito trabalho e regularidade. Claro que pode ser o momento mais feliz para as duas partes, porque é a construção de uma história linda, mas precisamos entender que é necessário, mais do que nunca, exibir um futsal que dê credibilidade para conquistar a taça, até porque do outro lado também tem um time que apresentou boa campanha — ressaltou Sananduva sobre a relação entre treinador e clube.
Como Paulinho frisou, os dois times chegaram com autoridade até a final da competição. De um lado, o Atlântico soma 79% de aproveitamento em 29 jogos disputados e tem o melhor ataque, com 142 gols marcados. Do outro, o Joinville soma 74% e tem a melhor defesa, com apenas 48 gols sofridos. Assim, o treinador comentou o que foi primordial para o clube gaúcho ser um dos finalistas:
— Nesse ano tentamos equilibrar dois fatores: parte física e mental. Pelo o que vínhamos apresentando ao decorrer da temporada, percebemos a necessidade de conciliá-los, visto a responsabilidade que todo elenco carrega para conquistar esse título inédito. Nos playoffs amadurecemos muito e conseguimos ter ações de destaque, então percebemos que foi fundamental para chegarmos no momento mais esperado por todos.
Não existe mágica
Para a final, Sananduva afirma que não espera "mágica". Ele reforça que a equipe precisa desempenhar o que apresentou durante a competição, mas que por se tratar de uma final única, a atenção será determinante para buscar errar menos.
— Uma responsabilidade maior sempre existe para buscarmos o título, mas não existe fórmula mágica. É um tira queima, porque tivemos um ótimo poderio ofensivo durante a competição, assim como a equipe do Cassiano teve a melhor defesa. Tanto de um lado, como do outro, será necessário ter muito equilíbrio. O Joinville joga pressionando desde o início, então, por se tratar de uma final única, precisamos tomar cuidado principalmente nos dez primeiros minutos, para depois assentar dentro do jogo. Esses minutos ditarão como será a decisão, mas de maneira geral, será muito tensa e o vencedor será quem se ajustar mais rápido na forma de jogo.
A partida entre Atlântico e Joinville terá transmissão da TV Globo, SporTV e também pelo canal da LNF TV, no Youtube.