Ginásio lotado e a vitória escapando. Nos últimos momentos do jogo de ida da final da Copa do Brasil contra o Fortaleza, parecia que o domingo (22) seria um dia triste para os torcedores do Atlântico, em Erechim.
Tudo mudou a três segundos do fim, contudo, quando o goleiro Ale Falcone dominou a bola na quadra de ataque e e arriscou um chute dali mesmo. Deu certo. A jogada garantiu a vitória do Galo, por 4 a 3, e a vantagem para o confronto de volta.
O empate, afinal, teria um sabor de derrota naquela altura da partida, depois do Atlântico estar à frente do placar em duas oportunidades. E deixaria a decisão completamente aberta no Ceará. Por isso, quando o goleiro da equipe de Erechim recebeu a bola nos últimos segundos, percebeu que precisaria ousar.
— É arriscar, né? Não tinha mais nada a perder. Morrer com o empate ali acho que não seria bom — destacou o jogador após a partida. — Tentei colocar a bola em direção ao gol. Tinha bastante gente na área que poderia atrapalhar o goleiro adversário. A gente tem que arriscar.
Apesar de não ser um goleiro que tem o costume de finalizar, este foi o quinto gol de Ale Falcone na temporada. O gol traz alívio para um momento pessoal complicado para o jogador.
— Passei por problema pessoal grave com o meu pai lá em São Paulo. Não está fácil, mas quando a gente entra na quadra, tem que esquecer de tudo e fazer o nosso melhor. Tem mais três pessoas que dependem de mim. Então, enquanto eu estiver aqui dentro da quadra, vou fazer o meu melhor pelo Atlântico — frisou o goleiro de 34 anos.
O jogo de volta entre Fortaleza e Atlântico será no domingo (29), no Ceará. Para o Galo ficar com o título inédito, basta um empate no tempo normal.