Com o objetivo de estimular o surgimento de novos talentos e difundir a Coxilha Nativista, o maior festival de música ininterrupto do Rio Grande do Sul, o projeto "Coxilha vai à escola" leva oficinas de canto e violão a alunos de escolas públicas de Cruz Alta, no noroeste gaúcho.
As aulas começaram em abril e acontecem no turno inverso da escola, uma vez por semana, com duração de 1h40min. Qualquer estudante do ensino fundamental pode participar das oficinas desde que a instituição onde estuda esteja inscrita no projeto.
Além das aulas de violão, o projeto também oferece aos estudantes a oportunidade de participar de aulas de canto ministradas pelo músico Leonardo Soares com a coordenação cultural do poeta Juca Moraes.
— Só fica quem gosta, quem tem essa vontade de aprender, de ter conhecimento de instrumento, violão ou na parte da cantoria. Isso é importante para nós: fazemos o convite, vem a criança, participa, e é uma satisfação ver o desenvolvimento deles — disse o músico Leonardo Soares.
Prova disso é a jovem passo-fundense Mariza Fernanda Almeida, 14 anos. Ela mora há um ano em Cruz Alta, mas traz desde sempre o interesse pela música e a cultura do Rio Grande do Sul.
— Comecei a aprender um pouco (de violão) ainda em Passo Fundo. Mas despertou a vontade de aprender mais, meu sonho sempre foi ser tocadora de violão — conta.
As oficinas são desenvolvidas pelas secretarias municipais de Cultura e Educação de Cruz Alta, em parceria com a 9ª Coordenadoria Regional de Educação. As oficinas acontecem até o fim de julho, dias antes do início do festival.
A Coxilha Nativista será lançada na terça-feira (11), a partir das 19h, na Casa de Cultura Justino Martins. Neste ano, o evento ocorre de 30 de julho a 3 de agosto, no ginásio municipal de Cruz Alta. A expectativa é que mais de mil canções sejam inscritas para a Coxilha Nativista em 2024. A expectativa de público é de três mil pessoas nos cinco dias de evento.