Fechada há cerca de quatro anos, Escola Estadual Lucille Fragoso de Albuquerque, localizada no bairro Vera Cruz, em Passo Fundo, está próxima de receber os estudantes novamente. Com a última obra finalizada, o prédio passa pelos últimos ajustes de limpeza e organização.
De acordo com a coordenadora da 7ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Carine Imperator Weber, a direção da escola e o setor administrativo da regional fazem vistorias no prédio e organizam os últimos detalhes para o retorno dos estudantes, com previsão de início da migração para daqui 15 dias, na terceira semana de maio.
— É um prédio que ficou fechado por mais de três anos e precisa ser preparado. Para o retorno dos alunos, não pode ter restos de obra, não pode ter sujeira. Então, estão sendo realizadas as limpezas, a organização, os equipamentos e algumas benfeitorias que identificamos para os alunos poderem voltar — afirma.
A reforma no prédio envolveu salas de aula, espaços livres da escola e também o pátio. A necessidade de consertos se deu porque, durante a interdição, o espaço foi alvo da ação de vândalos que depredaram salas e móveis.
— A nossa ideia, pelo que estamos avaliando com a direção da escola, é da possibilidade de começarmos a migração das crianças na terceira semana de maio. Ainda tem algumas questões, como a chegada de móveis que foram comprados e últimos ajustes que ainda faltam. Estamos acordando com a escola — declara Carine.
Desde o fechamento do prédio da escola, os alunos foram realocados na estrutura da Escola João de Césaro, em anexo ao Senai, também no bairro Vera Cruz. Atualmente, a escola está com 370 estudantes.
Impactados diretamente com a mudança de local da escola, os pais demonstram ansiedade pelo retorno ao prédio de origem, mas lamentam a falta de comunicação. Mãe de uma estudante do segundo ano, Andiara Munhoz relata que voltar para o prédio, localizado na Rua Artur Kuss, no bairro Vera Cruz, significa facilitar o deslocamento até a escola.
— A gente não sabe quando deve retornar, não nos passaram nenhum prazo. Sabemos que estão trabalhando na escola, mas não temos data. Aguardamos com ansiedade, porque é 99% melhor este retorno para os pais, porque a comunidade está ali perto, fica mais próximo, facilita a logística — enfatiza.
Além disso, Andiara reclama da estrutura atual, no prédio da Escola João de Césaro. Segundo ela, foi registrado um problema nos banheiros que demorou a ser resolvido.
— A estrutura da escola não é boa. Os estudantes não tinham nem banheiro para usar. Está bem complicado ali. Então, a nossa expectativa é grande, porque a infraestrutura de lá (prédio original) é melhor — completa.
Outra mãe de aluna da Escola Lucille Fragoso de Albuquerque, Márcia Simone Raber precisou mudar a logística para levar a sua filha até a escola nos últimos quatro anos.
— A escola (prédio original) é do lado da minha casa. Faz quatro anos que temos um deslocamento mais difícil, porque minha filha podia ir e voltar a pé, mas agora precisa que alguém leve e busque ela até perto do Memorial (Vera Cruz). Agora que a reforma está na reta final, vai ficar muito melhor voltando ali — diz.
Essa era a última fase das reformas que o prédio da escola precisou passar. Interditado em 2019, a escola teve processo de desinterdição confirmado em fevereiro deste ano, após a reforma realizada na rede elétrica do espaço.
Depois deste episódio, passou por outra reforma, desta vez nos espaços, em razão de que vândalos depredaram o prédio no período de pouco mais de três anos que ficou interditada. Também foram adquiridos mobiliários novos para os espaços.
GZH Passo Fundo
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